Ouroboros é uma obra de arte em Realidade Aumentada, desenhada com a intenção de mergulhar o usuário em uma interação ritualística e em tempo real com o “Ucanny” (o misterioso ou sobrenatural por falta de uma tradução melhor). A tecnologia de realidade aumentada de Ouroboros expõe um conjunto invisível de espectros que parecem vibrar em outras frequências. Com esta experiência, o movimento do usuário no espaço 'real' ativa diferentes portais que o transportam para vários níveis de conexão e interação com as diferentes entidades 'virtuais' que habitam este espaço. Experimentando assim diferentes perspectivas do que significa ser e sentir-se 'enfeitiçado', 'espectralizado', desarticulado e deslocado pela tecnologia no tempo e no espaço, enfrentando nossos primórdios em nossos fins, preso no laço do Ouroboros, o símbolo de uma cobra devorando sua própria cauda, que alude à unidade e ciclicidade de tudo o que é material e espiritual.
Uroboral é uma experiência de realidade virtual interativa que explora o conceito de retroalimentação, por meio de um passeio por paisagens geradas digitalmente por nuvens de pontos. Na peça, são abordados os temas como o loop, experiências aleatórias e a possibilidade de interatividade do usuário para que o este possa participar ativamente.
Você coloca os óculos e imediatamente é transportado para a Plaza de Bolívar em Bogotá nos anos 20, em pleno carnaval estudantil. Você está no corpo de Félix Joaquín Rodríguez, pioneiro do cinema colombiano e vê tudo com seus olhos. Enquanto está no mundo virtual, ouve sua musa Isabel, uma figura etérea que explica que está prestes a fazer seu primeiro filme e escrever a história do cinema colombiano. Você deve procurar na multidão os personagens que aparecerão em Alma Provinciana (1926). Não é um momento qualquer, a Colômbia se modernizou e nas ruas trabalhadores e estudantes protestam contra um governo corrupto. Seus personagens refletem um país em conflito: O trabalhador, o camponês, o gamonal e o estudante formam a teia da desigualdade social, do amor e da mágoa. Depois de localizá-los um por um na multidão com o seu olhar, por meio do sistema apontar e clicar, a câmera à sua frente será ativada. Quando filmar todos, poderá ir àquele 13 de fevereiro de 1926 e ver o filme na tela do Teatro Faenza, como se estivesse experimentando sua estreia.
Las meninas convida o espectador a ir além dos limites da tela para ir ao pensamento da artista. Essa experiência nos permite estabelecer um diálogo com o criador e com todas as peculiaridades de sua época.
É uma experiência imersiva habitável no presente e no futuro próximo, onde vivenciamos uma viagem ao excesso espacial dos objetos, à magnitude artificial e natural do nosso mundo e ao limite invisível que existe entre eles, obrigando-nos a sentir através da escala e da especulação de alguns hiperobjetos, que neste momento ocupam uma fase espacial tão desproporcional que os torna invisíveis aos humanos.